O que vai na minha alma
Só a mim diz respeito
Tanto despeito
Que não me acalma o peito
A calma procuro encontrar
E no peito colocar
Para não ser só aparência
Mas de facto lá estar
Tenho saudades do mar
E do que significa para mim
Toda a alegria que vinha de ti
Se desvaneceu assim...
Apetece-me gritar-
-te, fala comigo!
Mas tenho que respeitar-te
E não te pressionar...apenas amigo.
Tenho frio cá fora
Já que expulsei o passado
Para o pôr de lado
E dar espaço ao futuro
E que futuro esse
De incertezas contidas
De inseguranças mal medidas
E se tudo cá coubesse
Que não fosse o passado que mandei esquecer
Para me poder libertar
Para não me conter
Para não rebentar!
Foi dobrado, amarrotado
Espezinhado e bloqueado
Só o presente conta
E esse, não se desconta.
E de repente uma nova pessoa renasce
Confiante e segura de si
E sem medo de ti, de mim
De ninguem...ou assim parece.
E tudo o que te atormentava desaparece
Para apenas te assombrar
De quando em vez para te acordar
E ver que até estremeces!
Dedicado a uma pessoa especial, que apesar de tudo sei que nunca virá aqui...por isso posso ficar descansada...:) Se pudéssemos esquecer o passado será que o quereríamos esquecê-lo mesmo?? será que faríamos essa escolha?? não faço ideia, mas suponho que quando o esquecesse tentasse voltar a lembrar...por isso na vez de esquecer gostava de conseguir ignorar...fazer com que não importe...com que me seja indiferente...porque por mais que tente esquecer, por mais que tente ignorar este continua a tirar-me o sono...