Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009

 

O Natal sempre foi uma quadra da qual gostei muito. Era um motivo para celebrar, receber presentes e estar com aqueles que mais gostava... era um motivo válido para reunir a família toda e ver os primos todos que por alguma razão não conseguimos ver no resto do ano ou desde o ultimo festejo. Esquecem-se velhas desavenças porque algo maior se sobrepõe, o nascimento de Cristo e uma altura de paz, prosperidade e união, pelo menos aos olhos dos outros. Porém a minha vontade de transparecer tudo isto deixou de ter sentido quando se deu o desaparecimento da razão pela qual estávamos todos reunidos nesta altura, o meu avô. Que mais do que um avô era o que mais se assemelhava a um pai para mim e que, milagrosamente (ou talentosamente) conseguia fazer com que todos nos reunissemos sem que as diferenças, discussões e mágoas tivessem efeito numa época tão importante. O seu desaparecimento deu-se há 4 anos, e é incrivel como ele se faz tão presente em mim como quando estava vivo.

 Neste ano de 2009 a minha indiferença quanto a esta época tornou-se numa aversão que mal consigo conter e muito menos controlar. Desde Outubro que a minha irritação tem vindo a aumentar, tudo à minha volta transparece este espírito, e tudo me diz para afastar-me dele. Apetece-me partir tudo o que impregna o ar com esta essência que transborda de alegria, esperança e sobretudo paz.  As bolas de natal, o pai natal, as árvores, as luzinhas, os anúncios, os hipermercados, as pessoas! Que raio! Será que não tenho direito de fazer passar este tempo em branco se me apetecer?? Aparentemente não... tudo é contagiado e isto mais parece um vírus sazonal que as grandes “farmaceuticas” lançam na atmosfera para contagiar toda a gente. Posso dizer seguramente que este vírus e muito resistente a mentes fechadas e pessoas carrancudas, porque este vírus acaba por contagiar toda gente, até o mendigo do bairro alto sente vontade de comprar 1 prenda ao vizinho de barraca.

 Qual sentido de contagiar toda a gente?? Levar as pessoas comprarem tudo o que podem (e muitas vezes o que não podem) em nome de uma celebração que neste momento é mais um negócio. Todos ganham, o mendigo do bairro alto ganha umas quantas refeições da caridade alheia, o avô ganha 1 pijama ou umas meias para se aquecer, o menino ganha uma data de brinquedos, os pais do menino ganham instrumentos bonitos e o sorriso do gaiato e mais uma vez se compra um ano de desprezo pelas grandes causas por uma boa acção no natal. O natal é quando um Homem quiser, sinceramente, que frase mais parva. Não é preciso ser natal nem no coração das pessoas para que estas façam uma boa acção, basta a vontade de ser diferente, a vontade de tornar especial o dia do próximo.

  Já estou a divagar e já nem nos bombeiros estou segura... há luzes por todo o lado e até se deram ao trabalho de fazer um presépio... a ideia do presépio não é má, se tirassem a parte da árvore de natal cheia de luzes... e mais uma vez sou obrigada a viver uma quadra e uma celebração que não são minhas. Todo este perfume, esta música, este combinar de festas me deixa nauseada. E com tudo isto não posso dizer NÃO ME INTERESSA QUE PARA VOCÊS SEJA NATAL, PARA MIM NÃO É E VOU COM PLENOS DIREITOS DEIXAR PASSAR ESTA DATA EM BRANCO DESTA VEZ. Provavelmente quando eu dissesse tal coisa a minha mãe me internasse num hospício, o meu irmão diria que é das más companhias, e os meus amigos diriam que é da pressão da faculdade. Até pode ser por isso tudo, mas o facto de o saber não me consola, nem me faz mudar de ideias. Acima de tudo, não muda o que sinto.

 E, no fim do Natal vão todos voltar às suas rotinas apenas com menos dinheiro e com mais objectos, os irmãos voltam a não se falar, os primos deixam de se ver, e as pessoas voltam a ser o que eram como se nada tivesse acontecido, pelo menos nada de significativo. Nada mudou a não ser o calendário e meia dúzia de objectos novos.

  A isto resumo o Natal de 2009, a uma causa esquecida, tornada numa celebração de aparências e falsos sentimentos escolhidos apenas para esta época... acho que apenas me  deixei de falsos sentimentalismos...

 E podem acusar-me de ter comprado presentes, e de ser mais uma hipócrita... Não, não me deixei contagiar...só achei que as pessoas que são importantes na minha vida deviam saber que eu me importo com elas e que são importantes para mim... pode parecer hipocrisia...mas já que não posso desaparecer durante estes dias e serei "obrigada" a comemorá-los e fingir que me sinto toda eu uma natalícia nata...

Parece que é a vida...

 

publicado por 994marie1904 às 19:23

Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009

“Ontem, quando te tocava, estavas tão... hesitante, tão cautelosa; todavia continuavas a mesma. Preciso saber porquê. É por ser tarde demais? Por te ter magoado tanto? Por teres seguido em frente, como queria que fizesses? Seria... bastante justo. Não contestarei a tua decisão. Não tentes poupar-me, por favor... diz-me se ainda consegues amar-me, depois de tudo o que fiz. Consegues?”

 

"Não havia qualquer distracção para... o tormento.(...) Era como se o meu coração tivesse deixado de existir, como se eu estivesse vazio. Como se eu tivesse deixado tudo o que me preenchia aqui, contigo."

 

(Stephanie Meyer, New Moon)

publicado por 994marie1904 às 03:16

Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2009

Words don't seem right

when i try to write,

and only mess get's out

of an inside out soul.

 

Hiding is not enough,

in the words already made,

after all i've been through

and all i can't forsake.

 

So i choose to be alone

even that you're here again

When you left, i went home

Now let me not pretend.

 

Just let me be me

i don't wanna talk

Today i'm free

To make my own walk!

 

I've changed

Even if you didn't notice

i never stay the same

When life passes me by.

 

YOU don't want to know

Well, I DON'T WANT TO TELL!

I'll keep on my own

road, who knows to hell.

 

publicado por 994marie1904 às 00:05

Domingo, 06 de Dezembro de 2009

"Estou aqui e amo-te. Sempre te amei e sempre te amarei. Pensei em ti, via o teu rosto na minha cabeça, em cada instante que estava longe de ti. Quando disse que não te queria, cometi a maior das injustiças."

 

"...já deixara de viver uma semana de cada vez ou até mesmo um dia. Debatia-me para conseguir suportar uma hora. Era apenas uma questão de tempo, e não muito, até aparecer à tua janela para te implorar que me aceitasses de volta. Teria todo o prazer em implorar agora, se quiseres."

 

(New Moon, Stephanie Meyer)

publicado por 994marie1904 às 22:51


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