Se eu pudesse adivinhar
o que me vai na alma
e o conseguisse tirar,
Para ficar apenas eu,
estática,completamente calma
E conseguir estudar
Porque a bem ou a mal tenho que o fazer
e não consigo prever
o que vou pensar,nem o que vou sentir
Nem sequer o que me vai distrair
Sempre quis ter tempo para tudo
E acabo por não fazer nada
com o que tenho, o meu ser anda mudo
De tanta voz dentro de mim
Não consigo estar parada
Tal é o sossego que procuro em Ti
que não encontro
E continuo só,
na minha falta de tempo e agitação
Agitação interior que me consome só
por não saber a definição
de mim...que amigos,
que desejos, o que EU espero de mim
porque os outros esperam dever
para com os outros e comigo
Talvez o último não interesse rever
Não penso que alguém pense em mim...
A minha dedicação aos outros é bem maior
que o contrário. Precisava de um major
para não pensar, apenas fazer o que me mandam
Sem saber o porquê, nem nada, apenas porque mandam
Isto deve ser sobretudo cansaço
Cansaço da minha escravidão,
que me deixa sem razão...
Que melaço...
Que melancolia mais melancólica
deste ser meu
Que não sabe o que lhe vai na alma...
Marie