Monotonia Procuro.
Uma luz.
Um sentido.
Um pedaço de sensatez no destino.
Procuro com as mãos dentro da água
suja da banheira
onde me deito, me refugio
a tremer, as mãos a cobrirem-me o ventre nu.
Murmuro poesia como uma ladainha sagrada.
Espero que ela me cubra como a água quente
e me salve de mim mesma.
Silêncio.
Vozes no silêncio.
Que exigem.
Exigem de mim uma decisão,
um ponto final numa estória arrastada demais.
Tapo os ouvidos.
Aqui ninguém me pode alcançar.
O processo de cura é solitário.
Solidão.
Silêncio.
E eu.
Nua. Na banheira.
Sem um sentido para dar
aos dias que rasgam a monotonia do destino.
Publicado por Fairy_morgaine em setembro 15, 2004 12:22 AM
transmite o que sinto nest momento...e o pior é q ñ é apenas 1 decisão...são várias q s andam a arrastar...e continuo a sentir-me descartável...e profundament só...